
Durante a Segunda Guerra Mundial, a Grã-Bretanha entrou no grupo dos Aliados (junto com França, Austrália, Canadá, Nova Zelândia, Índia, União Soviética, China, Polônia, Estados Unidos; posteriormente o Brasil iria fazer parte deste grupo) contra a Aliança do Eixo (Alemanha, Itália e Japão). A guerra começa em 1939 com a invasão da Polônia pelo exército alemão e termina em 1945, com vitória dos Aliados, após a invasão à Alemanha e o lançamento de bombas atômicas pelos Estados Unidos nas cidades de Hiroshima e Nagasaki no Japão. A Alemanha era então governada pelo partido nazista, liderado por Hitler, que pretendia dominar e controlar a Europa.
Como em toda guerra, milhares de pessoas inocentes morreram. A Segunda Guerra Mundial ficou marcada pelo Holocausto, o genocídio de pelo menos 6 milhões de judeus e pelas terríveis consequências do bombeamento atômico no Japão.
Nas principais cidades dos países envolvidos a vida ficou mais difícil, assustadora e imprevisível. Com toda a economia voltada para a produção de aviões, tanques e munição, o racionamento de alimentos e de outros produtos cotidianos era uma medida básica para manter a produção de suprimentos bélicos.
Em cidades como Londres, as famílias que ficaram construíram abrigos anti-bombas em seus quintais e muitas eram as orientações de segurança: nenhum feixe de luz deveria escapar à noite, fitas adesivas nas janelas tinham o objetivo de prevenir o estilhaçamento dos vidros em caso de bombeamento, máscaras de gás e lanternas deveriam estar sempre a mão e evitar conversas sigilosas em público poderia salvar vidas.






Eram comuns filas para a retirada de alimentos e peixe e carne bovina logo se tornaram escassos. Na Grã-Bretanha, o governo incentivava o cultivo de hortas urbanas e até os gramados da Torre de Londres foram usados para o plantio de alimentos. Também era incentivada a criação e consumo de coelhos, porcos, galinhas e patos. Algumas pessoas criaram “Clubes de porcos” para coletar restos de comida para alimentar criações destes animais, às vezes compartilhadas entre várias famílias. Até mesmo carne de baleia se tornou uma possível substituição na dieta alimentar e haviam latas disponíveis para o consumo.
Como muitos navios foram afundados e a prioridade era o transporte de artefatos de guerra, pouco espaço havia para a importação de alimentos e frutas como a banana, que logo desapareceu do cardápio. Havia uma caderneta de controle semanal de alimentos por pessoa e tudo que fosse adquirido deveria ser ali registrado. Outros produtos como sabonete e sabão em pó também eram controlados. No verão, as pessoas eram incentivadas a comer verduras e legumes crus para poupar os gastos com energia.
O governo também disponibilizou um livro de receitas para o período que incluía pratos como torta de nabo e bolo de cenoura; com a abundância de batatas e cenouras, surgiram muitas sugestões de como prepará-las.







Com a escassez de matéria-prima, as roupas ficaram mais simples com a redução de bolsos e botões, orientando-se o reuso e compra de peças usadas. Brinquedos gradualmente ficaram escassos, a medida que as fábricas conduziam suas produções para suprimentos de guerra.
Referências:
- BBC, Primary History – WW2
- Imperial War Museums // 1940 house: kitchen, Bathroom and toilet, Dining Room, The Entrance Hall, Master Bedroom, The Boy’s Bedroom
- The 1940 House, programa de televisão da BBC
- Veja como era o cotidiano no Brasil durante a Segunda Guerra Mundial